Thursday, October 18, 2007

1/14s de Final Taça AllStars

Timberlindes 0-1 Trabalhadores do Comércio
14-10-2007, Lisboa, Estádio de Pina Manique

Uma semana depois os Timberlindes e os Trabalhadores do Comércio voltaram a encontrar-se, desta vez foi para a Taça, parecia uma boa oportunidade para os Timeberlindes provarem que são uma equipa superior ao adversário e afastar a onda de maus resultados. Os Trabalhadores jogaram sem o seu jogador mais influente, era um bom sinal para uma equipa timberlinde com ganas de seguir em frente.

O início de jogo prometia uma vitória dos Timberlindes, depois do injusto desfecho no confronto da Liga, o principal protagonista deste início foi quem já tinha sobressaído no último jogo: Zé. Mas, cedo os Timberlindes entram num estilo de jogo que priveligia pouco a troca de bola. Ricardo coloca-se tão mal num livre adversário que só pode ter sido para efectuar uma defesa difícil. Depois de um remate, para defesa fácil, efectuado por Diogo, Ricardo tem a sua verdadeira oportunidade para brilhar e defende um contra-ataque trabalhador comerciante com coragem. É após a primeira substituição que surgem os primeiros problemas sérios, Fred estava a jogar a avançado e tacticamente esperava-se que recuasse para defesa esquerdo, esta situação levou a que se efectassem muitas alterações na estrutura da equipa, mas a equipa não assimilou bem as alterações. Fred não percebeu imediatamente a alteração e passado pouco tempo acabou por sair a protestar sem que fosse bem entendido pelos restantes Timberlindes (ou pela maioria). Ainda antes da saída de Fred, este tem um desentendimento com João Paulo na defesa, algo que poderia ter proporcionado a vantagem da equipa adversária. De seguida, Fred volta a querer mostrar os seus truques dentro da área e tem que vir César salvar a situação. Após a saída de campo de Zé (que pareceu acusar cedo o esforço) foi Nélson quem pegou no jogo dos Timberlindes e tentou alcançar o golo. João Paulo tentou a sua sorte na área adversária, mas o seu pontapé acrobático saiu por cima. Nuno tirou por baixo das pernas de um adversário um lance que já cheirava a golo. O intervalo pareceu vir em boa altura para acalmar e organizar os Timberlindes.

O primeiro lance de registo na segunda parte surgiu de um passe de Frederico Lucas para Zé, que em esforço não conseguiu atingir o objectivo da equipa. Nélson iniciou a segunda parte em grande forma e a sua pressão sobre a defesa trabalhadora comerciante levou a que Frederico Lucas conseguisse ganhar a bola na área, num lance em que Nuno consegue rematar e é concluído pelo próprio Nélson que atira para fora. Pouco depois, Nélson voltou a conseguir furar pelo lado esquerdo da defesa adversária e rematou para defesa fácil do guarda-redes, numa altura em que o resto da equipa não acompanhava o seu ritmo. Frederico Lucas e Nuno criaram um lance perigo na área mas não obtiveram resultados práticos. Após um livre no ataque dos Timberlindes Zé pôs a mão na bola e safou-se do cartão amarelo sem que se perceba bem porquê. Ricardo conseguiu defender um remate de um pontapé livre por estar muito bem colocado. Depois de um inicio a cair em cima do adversário, voltaram a ceder terreno e teve que ser João Paulo a tirar muito jogo aos Trabalhadores do Comércio. Num canto, os Timberlindes deixam o jogador mais perigoso da equipa adversária livre de marcação (responsabilidade de Fred) e este não perdoou e desferiu um remate de primeira para dentro da baliza [se o Zé estivesse dentro do campo tinha posto o pé e não era golo, mesmo que estivesse a 5 ou 6 metros da bola]. João Paulo como já é habitual nestas situações passou para o ataque, mas até final os Timberlindes não conseguiram incomodar mais a baliza dos Trabalhadores do Comércio, que não se preocuparam com mais nada senão defender.

Falta à equipa organização nas substituições. Talvez a ausência do avançado de raiz se tenha feito notar numa noite em que teria Nélson a apoiá-lo como ainda não teve oportunidade. Mais uma vez a distância entre a glória e a frustração mediu-se por pormenores.

Análise individual:

Ricardo – 6 – Começou a meter medo com a sua colocação num pontapé livre, mas não acusou insegurança, até porque resolveu essa situação muito bem. Salvou a equipa de sofrer golo mais cedo, numa delas devido a boa colocação noutro pontapé livre (a compensar o outro).

Paulo – 4 – Não esteve nem bem nem mal. Por vezes foi algo trapalhão e até desatento, mas faz falta à defesa. Jogou de forma combativa quanto possível, sem grandes aventuras por terrenos mais avançados.

Pedro – 4 – Não se evidenciou muito durante esta partida, mas tal como Paulo é dos que dão mais segurança defensiva e a sua ausência faz-se notar.

João Paulo – 6 – Na defesa tirou quase tudo que apareceu à frente. Sempre que houve lances de bola parada subiu para criar desequilíbrios, mas apesar de os seus companheiros conseguiram quase sempre colocar a bola para ele, não houve uma ocasião em que acertasse devidamente na bola.

Diogo – 4 – Mostrou-se mais que em jogos anteriores e jogou melhor, mas por vezes complicou lances que pareciam simples e jogava como se estivesse pressionado mesmo que tivesse espaço.

– 5 – Começou bem o jogo, parecia que ia arrancar uma exibição como a do último jogo. Foi o primeiro a liderar a equipa para o ataque, mas acabou por sair cedo do jogo – cansado – e após este momento não voltou a surgir com o mesmo fulgor, jogou com uma missão mais recuada na equipa.

Nélson – 6 – A melhor exibição da equipa. Fez boas arrancadas frente aos defesas, conseguiu criar ocasiões de golo e rematou quando foi possível, no início da segunda parte faltou algum apoio do resto da equipa para que chegassem à vantagem.

Fred – 3 – Começou como avançado e não teve muitas oportunidades para tocar na bola. Quando passou para a defesa é que as complicações começaram... “Fintou” junto à linha de fundo e perdeu a bola, não lhe serviu de emenda e quando a equipa necessitava de jogar rápido para a frente perdeu-se em fintas no meio-campo. Agarrou-se à bola como o Vítor Batista se agarrava ao “cavalo”.

Frederico Lucas – 4 – Talvez merecesse melhor nota, não fosse o facto de apenas ter começado a jogar a sério na segunda parte. Conseguiu algumas ocasiões para importunar a defesa adversária. Num lance perigoso optou pelo passe quando o remate parecia ter sido a melhor opção (se bem que apenas durante um curto espaço de tempo).

Nuno – 4 – Não encheu o olho a exibição deste jogador, mas procurou o remate e especialmente na segunda parte procurou incomodar a defesa adversária. Acompanhou o desempenho de Frederico Lucas.

César – 3 – Voltou a não estar brilhante, mas mostrou mais futebol que no jogo anterior. A bola já passou mais pelos seus pés e ainda conseguiu aliviar o perigo após uma perda de bola de Fred na área. Não usufruiu de muita utilização.

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