Thursday, October 11, 2007

10ª Jornada Liga C1

Timberlindes 1-1 Trabalhadores do Comércio
07-10-2007, Lisboa, Estádio de Pina Manique


Os Timberlindes começaram o jogo com menos 1, João Paulo ainda atava as "botas" quando o jogo foi iniciado. Mas isso não impediu os Timberlindes de iniciar o jogo melhor que o adversário, tiveram mais tempo de ataque e criaram uma boa jogada que acabou falhada por Bruno - rematou contra um defesa. Os Trabalhadores do Comércio pressionaram e conseguiram uma boa jogada de ataque, contudo, sem resultado. Após um canto, a equipa dos Timberlindes conseguiu o golo, num belo remate de Zé, que dum ângulo difícil arriscou e lançou a bomba. Os Timberlindes estavam a aproveitar bem as bolas paradas para criar perigo, Bruno conseguiu dessa forma algumas oportunidades. No entanto, a defesa parecia algo macia, ninguém punha o pé e os adversários conseguiam rematar mesmo quando pareciam cercados. A partir do golo foram os Trabalhadores do Comércio que tomaram conta do jogo. Havia alguma dificuldade por parte dos Timberlindes em aliviar a pressão e raramente o conseguiram fazer até ao final da 1ª parte. Nem os lançamentos à Gilles Binya por parte de Pedro empurravam a equipa para a frente. A insegurança parecia instalada na equipa.

Tal como na 1ª parte, a 2ª parte foi iniciada com perigo do ataque timberlinde, Bruno concluiu com um pontapé em rotação uma boa jogada de contra-ataque da equipa. Após este início, a equipa parece abandonar o avançado à sua sorte. Conseguiu ganhar um pontapé livre e a pressionar roubou a bola à defesa trabalhadora comerciante, mas o guarda-redes adversário conseguiu defender para canto. Na sequência deste canto Pedro sofre uma falta, que acaba com uma péssima conclusão de Bruno. Fred, ainda, iniciou bem uma jogada que após passar por Zé e Nélson terminou com um remate perigoso de Bruno. Os Trabalhadores do Comércio não estavam com facilidades em conseguir rematar, mas Fred fez uma falta dentro da àrea que o àrbitro assinalou e daí resultou o golo da igualdade. Após este golo desmoralizador a equipa foi abaixo e alguns jogadores passaram o tempo a discutir todas as decisões do àrbitro. Daí até final o único lance de registo foi uma boa jogada dos Timberlindes que culminou com um fora-de-jogo duvidoso. Após o jogo terminar, Bruno foi expulso por palavras dirigidas ao àrbitro, ele que parecia ser um dos elementos mais calmos da equipa.

É mais fácil falar que jogar à bola para virar o jogo. Com um pouco mais de futebol antes de sofrerem o golo nem seria preciso abrirem a boca, se estivessem calados e jogassem mais depois de o sofrer também era capaz de não ter sido pior.

Os Timberlindes saíram do campo desiludidos, certamente cada um ficou a pensar o que correu mal. Mas, será que estariam de acordo sobre os erros, a estratégia a usar e alterações a efectuar? Duvido. Não é possível melhorar se continuarem a ser uma equipa desunida e desorganizada. Uma coisa é certa falta união e sistema de jogo à equipa. Cada um luta contra os seus moínhos de vento, as panaceias dentro da equipa divergem [discurso na senda de um Rui Santos, António Tadeia ou até do mestre Alves]. Faz falta a equipa falar antes dos jogos, contudo, com elementos a chegar em cima da hora do jogo não vai ser fácil. O intervalo não é a melhor altura e aí já estão todos de cabeça quente.

Análise individual:

Ricardo – 5 – Desta vez não mostrou muita insegurança, também, não teve muitas oportunidades para isso. Agarrar a bola é a sua maior aflição. Entre os postes manteve-se regular.

Paulo – 4 – Esteve discreto, especialmente na segunda parte quando preferiu falar a jogar à bola. Com o jogo empatado parecia que já tinha desistido de o ganhar, perdeu a vontade de entrar em campo. Foi dos que mais se notabilizou no jogo de palavras.

Pedro – 4 – Mais macio que na última partida, desta vez não se notabilizou tanto no confronto com adversários, mas esteve a jogar lado a lado com Paulo no jogo de palavras.

João Paulo – 5 – Voltou a ser o esteio da defesa e aí não há nada a apontar. Desta vez não se aventurou tanto por terrenos mais adiantados no terreno, apenas o fez por uma vez (exceptuando as bolas paradas) mas a jogada perdeu-se num desentendimento com Bruno.

Zé – 6 – Dominou o meio-campo, tentou mais que qualquer outro virar os acontecimentos – retracção dos Timberlindes. O jogo fica marcado pelo seu grande golo, decidido e com coragem para rematar. A fazer lembrar o Maniche do Euro 2004.

Frederico – 6 – Melhorou do último jogo para este. Mostrou-se um jogador de processos mais simples, sem perder a qualidade técnica. Suou a camisola, jogou bem. Fez falta para grande penalidade. Acontece.

Nélson – 5 – Como no jogo anterior voltou a mostrar qualidades técnicas, mas nota-se alguma falta de entrosamento com a equipa, apesar de por vezes ter sido o único a apoiar Bruno.

Bruno – 5 – Criou espaços, pressionou a defesa, ganhou a bola, teve oportunidades para o remate, mas... e o golo?! Até já o Nuno “Gomes” marca golos! Tem o mérito de desapoiado pela equipa não baixar a guarda e lutar pela posse da bola.

Diogo – 4 – Parece-me que ostenta um caso grave de falta de confiança. Esteve remetido praticamente a tarefas defensivas. Não foi muito eficaz a tentar levar o jogo para o ataque. Ouve-se por aí que o moço vale muito mais que isto...

César – 2 – Mostrou pouco, no tempo que esteve em campo, foi possível vê-lo correr e pouco mais. Mas também não cometeu nenhum erro comprometedor. Fez lembrar os melhores tempos de Pesaresi no SL Benfica.

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